Coluna Na Cara do Gol – por Hugo do Vale
Seja pelo momento atual ou por suas qualidades técnicas, tanto o meia-atacante alvinegro quanto o arqueiro tricolor já deram provas suficientes para terem uma chance na convocação do atual técnico da Seleção Brasileira, Tite.
Felipe no Fortaleza, inclusive, completa a segunda temporada em alto nível, sendo o principal jogador na permanência do Fortaleza na série A e na vaga conquistada na Sul-Americana em 2019 e também na luta contra o rebaixamento. Habilidade incrível na saída de bola e peça fundamental no esquema vitorioso na era Ceni, o “Homem de Gelo”, como ficou conhecido e idolatrado pela torcida tricolor, ainda é um exímio pegador de pênaltis e cirúrgico nas saídas, tanto para bolas no alto quanto para ficar frente a frente com seu opositor.
Vina, então, é quase uma unanimidade. Líder em assistências e ainda um dos artilheiros, não só do Brasileirão série A 2020, mas de todo o ano. Meia-atacante que chegou ao Ceará sob suspeita e muita expectativa, iniciou com dificuldades, até por conta do comando técnico que ainda não tinha Guto Ferreira, mas também pela desconfiança, já que o atleta teve passagens por grandes clubes e seu histórico, principalmente no extracampo, não era favorável.
Vinicius Góis logo se transformou com a chegada do “Gordiola” – apelido carinhoso dado pela torcida do Vozão a Guto Ferreira – que percebeu rapidamente sua função tática ideal. Quase livre da função de marcação, Vina flutua pela intermediária ofensiva com liberdade de chegar até o gol do adversário. Sem Lima e Léo Chu, Vina já começava a brilhar. Com a mudança tática, somando estes dois a ida de Sobral para a volância, Guto encontrou a cereja do bolo para a alta performance do agora ídolo alvinegro.
São incríveis 23 gols na temporada, sendo 13 pelo Brasileirão, 4 pela Copa do Brasil, 1 pelo Cearense e 5 pela Copa do Nordeste, competição pela qual se sagrou, junto com o Ceará, campeão invicto e artilheiro.
Enfim, nosso querido Adenor Leonardo Bachi, o Tite, tem motivos de sobra pra dar uma chance aos nossos melhores atletas na atualidade e ainda uma oportunidade de ouro pra pôr fim ao polêmico assunto de preconceito em relação aos clubes do Nordeste não figurarem no selecionado nacional. Sim, falo dos clubes, pois jogadores da terrinha já tivemos. O último foi Osvaldo, mas enquanto jogava no São Paulo.
Alô Tite, olha nós aqui!!!
*Essa coluna é publicada semanalmente.