Às vésperas do confronto decisivo diante do Pacajus, pelas quartas de finais do Campeonato Cearense, o zagueiro Titi, do Fortaleza concedeu entrevista coletiva diretamente do Centro de Excelência Alcides Santos. Na ocasião, o defensor comentou sobre o favoritismo para o próximo desafio, o momento vivido na temporada e sobre os tristes casos de agressões a jogadores.
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Favoritos para o confronto da próxima quarta-feira (2), Titi prega respeito ao Pacajus. O defensor ressalta que esse status permanece fora de campo, e destaca o empenho do time adversário para estar nas quartas de finais. Além disso, ele diz que o Leão precisa estar no melhor nível contra o time do interior:
“O favoritismo fica sempre fora de campo. Dentro de campo a gente sabe que são 11 contra 11. Do outro lado também sabemos que tem uma equipe que trabalhou, que buscou, que se empenhou para estar nessa decisão. Na quarta-feira, sabemos que temos que estar no nosso melhor nível.”
Zagueiro do Fortaleza, Titi está entre os artilheiros da equipe neste começo de temporada. Em seis jogos realizados, o defensor já marcou dois gols, um a menos que Romarinho e Depietri, jogadores que mais vezes balançaram as redes até aqui. O atleta de 33 anos comemorou o momento pelo Leão do Pici, mas ressalta que sua primeira função dentro de campo é ajudar os companheiros:
“Eu estou muito feliz com esse momento. Já tive algumas temporadas de poder fazer alguns gols, mas claro que essa está sendo muito especial para mim. Confesso que isso tem dedo dos meus filhos, que à todo momento eles pedem (gols). Mas eu sempre falo para eles que a minha primeira função dentro de campo é poder ajudar meus companheiros a chegar no seu melhor nível.”
Nos últimos dias, quatro equipes foram afetadas por atos de vandalismo de “torcedores”. Sobre os ocorridos, Titi repudiou veementemente, e pediu posicionamento do estado, além de punição aos agressores:
“As pessoas tem que entender que atrás do atleta de futebol, também tem uma família, também é um ser humano que tem as suas dificuldades. Com o Grêmio, a partida ainda não tinha nem começado, rapaz. Como é que pode? A partida não tinha nem começado e o ônibus dos atletas foi atacado. Isso é inadmissível. Do Bahia da mesma forma. É inaceitável. Isso é cruel, cruel para o nosso futebol, cruel para a nossa sociedade. Foi no Paraná, no Rio Grande do Sul, na Bahia. Até quando isso? O estado tem que se posicionar, os clubes também, nós jogadores também. Não dá para continuar vivendo situações como essas, seja de racismo, seja ou dessas situações que aconteceram. Tem que ter punição.”
O Fortaleza volta à campo na próxima quarta-feira (28), na Arena Castelão, para enfrentar o Pacajus, pelo jogo de volta das quartas de finais do Campeonato Cearense. A bola rola às 19h30.
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