Marcelo Paz se desculpa por goleada e rechaça fatores extra campo como causadores de má fase: “Crise técnica”

O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, pediu desculpas, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (18), pela goleada sofrida para o Ceará na última quarta-feira (17) e também pelas últimas atuações do time pelo Campeonato Brasileiro. O mandatário Tricolor elogiou o apoio que a torcida tem dado à equipe nos momentos em que foi chamada a apoiar e falou em humildade para reconhecer a má fase.

“Venho aqui pedir desculpas ao torcedor por esse momento, jogos ruins que a gente vem fazendo, derrotas. Não só a de ontem, tem alguns jogos que a equipe tem uma performance abaixo e a gente tem que ter a humildade de pedir desculpas, saber que o torcedor tem feito seu papel de todas as formas, nos treinos e nos estádios de toda forma possível e a gente tem que buscar retribuir isso”, disse.

Segundo o dirigente, a derrota para o Alvinegro da forma como aconteceu não passou desapercebida pelo comando do Clube e já houve uma conversa interna onde cobranças foram feitas. O gestor alegou estar insatisfeito com a queda de rendimento da equipe mas acredita em uma retomada do time na Competição.

“Conversamos ainda ontem e hoje pela manhã com a comissão técnica, elenco, em um bate-papo verdadeiro, franco, por um compromisso da volta das vitórias. O ambiente do futebol é normal em ter cobranças. Nos últimos jogos não honramos as cores do Fortaleza. Não estamos satisfeitos, a pontuação caiu, mas ainda estamos em sexto e dependendo das nossas forças. Mas temos a chance de voltar a ser o que nós éramos, de jogar o futebol que jogamos nesta Série A”, afirmou.

Indagado sobre fatores extra-campo como motivo para o declínio do time no Brasileirão, Paz rechaçou qualquer tipo de problema de relacionamento ou financeiro dentro do grupo. Segundo ele, o problema da equipe é exclusivamente decorrente de uma crise técnica.

“A crise é técnica! Quando a fase é ruim inventam mil teorias. Os salários estão rigorosamente em dia, a premiação programada para a Libertadores será maior que já teve em sua história em objetivo único, não existe problema de premiação. E quando o momento é ruim, não é só por um fator. É multifatorial. O torcedor precisa entender isso. Nunca é só jogador, dirigente, salário, treinador… No nosso caso é um problema de crise técnica e vamos buscar corrigir”, avaliou.

Sobre o risco de sair da zona de Libertadores e acabar indo para a Sul-Americana, o presidente do Leão considerou a possibilidade como real e disse que, caso isso aconteça, ainda assim estará dentro do planejamento inicial da direção do Clube. O gestor entende que o torcedor poderia ficar frustrado com esta situação, sobretudo pela expectativa que a boa campanha do time gerou na torcida e na opinião pública.

“A frustração é proporcional à expectativa. Se não se conquista, vem o sentimento de frustração, mas o planejamento inicial do clube era uma vaga na Sul-Americana. Podemos disputá-la, que seria a segunda na história do clube, ou uma Libertadores. Ao longo da campanha sempre ali em cima na tabela, a expectativa por Libertadores cresceu. Se a gente voltar a vencer temos muita chance de ir para a Libertadores. Se não acontecer, ficará o aprendizado. Espero que na rodada 38 esteja todo mundo orgulhoso e não com um sentimento de frustração”, finalizou, afirmando que a equipe tem cinco decisões até o fim do Campeonato para ratificar o sonho de debutar na Libertadores.

O Fortaleza volta a campo neste sábado, às 19h, na Arena Castelão, onde enfrenta o Palmeiras, que deve vir à Capital cearense com uma equipe mista, visando a preparação para a decisão da Taça Libertadores da América.