Após uma votação apertada, a Confederação Brasileira de Futebol aprovou, nesta quarta-feira (24), uma nova regra limitando a troca de técnicos durante o Brasileirão Série A. Com a mudança, cada equipe poderá ter apenas dois treinadores ao longo da competição, da mesma forma cada técnico só poderá treinar dois clubes diferentes.
Isso significa, na prática, que a diretoria de um clube só poderá trocar de técnico uma vez e que cada treinador só poderá pedir demissão uma vez durante o Brasileirão Série A. A única margem para um terceiro profissional à frente de uma equipe é efetivar um funcionário do clube com, no mínimo, seis meses no clube.
Em 2020, durante a Série A, ocorreram 27 trocas de técnicos, duas aconteceram já na quarta rodada, com outras duas demissões na rodada seguinte. A votação entre os clubes terminou 11 a 9 em favor da limitação na troca de técnicos. Ceará e Fortaleza foram contra. Além dos cearenses, Grêmio, Flamengo, Bahia, Athletico/PR, Atlético/GO, Juventude e Cuiabá também votaram contra.
O que muda para as equipes cearenses?
Ceará e Fortaleza viveram situações opostas na temporada 2020 do Campeonato Brasileiro. Guto Ferreira chegou antes do início da competição e permanece até agora, tornando-se o primeiro técnico do Alvinegro a disputar uma Série A por completo. Por outro lado, o Fortaleza teve três treinadores: Rogério Ceni, Marcelo Chamusca e Enderson Moreira.
Em 2019, o Ceará começou com Enderson Moreira, que foi demitido em outubro. Trouxe Adílson Batista, mas caiu em novembro, e terminou a Série A com Argel Fucks. O Tricolor de Aço estava com Rogério Ceni, que foi contratado pelo Cruzeiro. Zé Ricardo assumiu em agosto, mas foi demitido em setembro, quando Ceni retornou. No Brasileirão de 2018, o Alvinegro também teve três técnicos: Marcelo Chamusca, Jorginho e Lisca.
Na próxima edição, que começa em maio, isso não será mais possível, o que vai exigir ainda mais planejamento e assertividade dos clubes na hora de escolher um comandante para conduzir os trabalhos em campo.
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