Coluna Na Cara do Gol – por Hugo do Vale
Vou usar o saudoso Lula Pereira como referência.
Como jogador, foi sempre um líder dentro campo. Sem o futebol mais vistoso, verdade, mas com uma presença marcante de força e motivação para todos do elenco. Como técnico, um “xerife” e um “paizão”, que conhecia todas as categorias dentro clube e que sabia acolher seus garotos – os conhecidos “meninos do Lula”.
E esse é um ponto crucial. Estudioso e apegado às cores do Ceará, Lula se preocupou em colaborar não apenas dentro de campo enquanto jogador, mas fora dele com a experiência adquirida e muito estudo. Especializou-se na área com vários cursos realizados como espectador e orientador, pelo Brasil e pelo Mundo e conseguiu revelar nomes como o de Aldemir, ex-zagueiro dos três grandes da capital; Narciso, ex-centroavante com passagens por Botafogo/RJ e Santos; Claudemir, uma das maiores jóias descobertas em Porangabuçu.
Hoje, alguns ídolos seguem o mesmo caminho. Sérgio Alves, João Marcos e Erivelton, por exemplo, ainda se dedicam ao Ceará. Clodoaldo, Rinaldo e Igor fazem bom trabalho no Fortaleza.
Em campo, mesmo que poucos, temos atletas com o mesmo perfil. Ricardinho (Ceará) e Marcelo Boeck (Fortaleza) encarnam essa figura. Só não sei se vão contribuir na formação de atletas e no crescimento estrutural daqui a alguns anos.
A relação de um ídolo com o clube e com o torcedor precisa ser preservada. Esse misto de gratidão e oportunidade, com respeito e compromisso mútuo, é absolutamente salutar, com efeito positivo a pequeno, médio e longo prazo.
*Esta coluna é publicada semanalmente
Tenho a minha adimiracao e orgulho de ver grandes ídolos afrente de trabalhos com formacao de novos atletas dentro do clube que ele se tornou idolo. A referencia ajuda muito ao joven na sua busca por melhores conhecimentos. O grande segredo é o clube oferecer a oportunidade e ajudar na qualificacao e apoiar a evolucao que o resultado será positivo.