Coluna Camisa Clássica – Por Junior Ribeiro
O Ceará vive a expectativa de disputar a Sul-Americana novamente após dez anos. Além das preocupações esportivas naturais de um torneio continental, o alvinegro terá outras atenções fora do campo. O regulamento da Conmebol para o torneio é muito rigoroso e qualquer deslize resulta em altas multas, que ficam ainda maiores por conta do dólar. O sorteio que define os grupos da competição acontece nesta sexta-feira (9), às 13h.
A coluna reuniu as principais regras envolvendo os uniformes. As exigências foram listadas no regulamento que a entidade máxima do futebol na América do Sul utilizará para a competição deste ano. Em uma delas, até o apelido do atleta – como Vina, por exemplo – precisa ser aprovado previamente pela Conmebol. Além disso, a numeração vai até 50 e jogadores como Cleber (89), Saulo (73) e Richard (91) deverão atuar com outros números.
O primeiro pedido formal da Conmebol é que as equipes enviem os modelos digitais dos três uniformes utilizados pelos jogadores, no caso o “terno” principal, o reserva e o alternativo, e os três materiais de goleiros. A entidade pediu o envio até o dia 3 de fevereiro através do Sistema COMET, plataforma exclusiva da Confederação.
A Direção de Competições indica dez dias antes da partida em questão quais serão os uniformes utilizados pelas duas equipes, bem como o quarteto de arbitragem. O cumprimento deve ser seguido à risca. Em caso de cores parecidas, a Conmebol indica um time para jogar de cor clara e outra com um uniforme mais escuro. Em casos extremos, há a liberação para outra combinação de cores.
Na fase de grupos, o não cumprimento das exigências e determinações dos uniformes resultam em uma multa de 15 mil dólares. Em caso de reincidência, o valor sobe para 20 mil dólares. Vale lembrar que o Vasco, em 2018, foi penalizado em R$ 48 mil por causa da cor do uniforme do goleiro Martín Silva, em partida válida pela Libertadores. A Conmebol apontou que ele deveria utilizar azul, mas o atleta entrou em campo com um uniforme verde.
Os uniformes para a competição devem ser aprovados pela CONMEBOL, que pode solicitar a indicação de uma cor e/ou combinação diferente das apresentadas pelos clubes. Caso um ou mais uniformes não obedeçam às orientações de contraste e cor, a CONMEBOL poderá vetar seu uso, ficando o respectivo clube obrigado a apresentar uma vestimenta alternativa que obedeça ao descrito nesta seção.
Informa a entidade em um dos tópicos do regulamento
Sobre lançamentos de novos uniformes ao longo da competição, a Conmebol aponta que o clube deve enviar um formulário com o novo modelo para a aprovação dela até cinco dias antes da primeira partida.
O nome do jogador na camisa também possui regra: acima do número, se o jogador utilizar apelido, no caso de Vina, por exemplo, deve ser aprovado pela Conmebol previamente. A numeração é fixa de 1 até 50, com o primeiro número sendo exclusivo para goleiros. Em edições anteriores, a numeração era restrita até o 30.
Jogadores do Ceará com numeração acima de 50:
- Richard – 91 (G)
- André Luiz – 67 (G)
- Gabriel Dias – 94
- Alessandro – 66
- Kelvyn – 70
- Marthã – 74
- Felipe Baixola – 90
- Saulo Mineiro – 73
- Cléber – 89
A Sul-Americana também tem um regulamento próprio para os patches, aqueles escudos extras que as equipes aplicam em suas camisas. Porém, para o Ceará, isso não é novidade. O clube já utiliza desde 2020 o patch de campeão da Copa do Nordeste centralizado na camisa. A equipe também já usou o escudo específico do Brasileirão na manga direita em partidas da Série A. Mas para a Sul-Americana 2021 apenas o patch próprio da competição continental será permitido.
O regulamento indica que o clube deverá deixar um espaço sem publicidade na região central da manga direita para a aplicação do patch no tamanho de 7cm x 7cm. A Conmebol também fornecerá aos clubes a quantidade necessária de peças. Na fase de grupos, o descumprimento desta regra acarreta em uma multa de 5 mil dólares.
Novos uniformes
Desde que passou a utilizar sua marca própria, Vozão, o Ceará vem apostando em novos uniformes e que tiveram ótima aceitação por parte da torcida. Foram 126 mil camisas vendidas em 2020, um valor bruto de R$ 12 milhões. Além dos dois uniformes principais, o listrado e o branco, o clube lançou a “Nação Alvinegra”, toda preta com detalhes em dourado, a “Roxo pelo Vozão” e a “Sertão”, na cor cinza e exclusiva para a Copa do Nordeste. Para esta temporada, o Ceará prevê o lançamento da camisa exclusiva da Sul-Americana ainda neste mês de abril. O patch da competição estará presente nas peças vendidas em um lote limitado.
*Esta coluna é publicada semanalmente
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