Nascido em Missão Velha, na Região do Cariri, o jovem Dagson, de 25 anos, já possui uma trajetória profissional com momentos importantes. O último foi na classificação do Moto Club, atual equipe do atacante, durante a Copa do Brasil. O clube maranhense eliminou a Chapecoense, na primeira na primeira fase da competição nacional, pelo placar de 3 a 2, com dois gols marcados pelo cearense.
Mas, a vida profissional dele nem sempre teve cenários positivos. No futebol desde 2015, Dagson só conseguiu marcar o primeiro gol profissional com um ano depois, vestindo a camisa do Icasa, e também passou longos tempos sem sequência de jogos, tendo que paralisar a carreira. Em entrevista ao portal Torcida K, ele detalhou esse percurso.
“Comecei no futebol profissional pela equipe do Icasa. E, com um ano, fiz gol na primeira partida profissional. Em 2016, de lá fui pra Inter de Limeira SP e disputamos A3 do Paulista. De lá, voltei e fiquei parado o restante do ano. Em 2017, fui pro Icasa e eles não me queriam lá, por conta de transferência, pois alegaram que não tinha dinheiro. E foi onde Eriosvaldo, um senhor que tenho muito respeito, e sempre em prol de me ajudar, junto com um pessoal de Missão Velha, pagou minha transferência pra que eu jogasse. Mais uma vez, não tive sequência. De lá, fui pro Parnahyba disputar a Copa Piauí sub-21. Também não tive tanta sequência. De lá, voltei e fiquei parado o restante do ano de 2017, 2018 e 2019”, detalhou.
Depois de três anos parado, ele retornou ao Icasa, mas não teve muito sucesso.
“Voltei em 2020, após uma partida amistosa entre Icasa e Seleção de Barbalha. No amistoso, o dirigente do Icasa perguntou se tinha interesse de ir ajudar ele na segunda divisão do Cearense. Aceitei e fomos campeões. Fiz 4 gols, mas não tive tanta sequência. Então, me emprestaram para o Cariri. Subimos o time do Cariri e voltei pro Icasa. Logo que cheguei, eles falaram que não iriam me utilizar, e fui pra casa”, disse.
Depois dessa última parada, ele desistiu do futebol. Resolveu trabalhar por conta própria. Mas uma ligação mudou a vida do Dagson, que enxergou, na oportunidade, portas abertas para tudo o que vem acontecendo atualmente.
“Passei a trabalhar de mototáxi. Logo em seguida, abri um lava jato e passei a trabalhar com meu irmão. Já não queria mais jogar futebol profissional. E, um certo dia, eu trabalhando, meu celular toca. Era o presidente do Guarani de Juazeiro me ligando, para que eu fosse disputar o Cearense da terceira divisão. Sentei com meus pais e minha esposa. Pediram pra eu ir, pois Deus estaria me dando essa oportunidade. Ao chegar, lá comecei treinando muito mal de perna, sem ritmo algum,” disse.
Quando tudo parecia complicado, vieram os bons ventos. E o atacante fala com gratidão dessa boa fase.
“Começou o campeonato e, no terceiro jogo, o treinador optou por me dar uma oportunidade pra jogar. E lá, fui artilheiro e fomos campeões. E em seguida, fui pro Crato, onde em 10 jogos, fiz 2 gols. Mas, com as dificuldades do time, e coisas nos arredores, rescindi. E fui pro Moto Club, onde hoje estou muito feliz e muito motivado! Hoje, tenho só que a agradecer a Deus, todos meus familiares e amigos, que nunca desistiram, sempre me deram forças para prosseguir”, contou o centroavante Dagson.
Mesmo recém-chegado ao clube maranhense, ele já sente o carinho e a confiança do torcedor pelo trabalho executado. Ainda mais depois da partida pela Copa do Brasil, que lhe deu ainda mais destaque.
“Procuro sempre fazer minha parte dentro de campo, para ajudar meus companheiros e a equipe. Mas, sou muito grato pelo carinho que a torcida tem por mim. Momento ímpar na minha vida! Sensação de muita gratidão a Deus por tudo que ele proporcionou pra mim e proporciona até hoje. Então, só gratidão a Deus por tudo”, disse.
O Moto Club se classificou para a segunda fase e vai enfrentar a equipe da Tombense/MG, que eliminou o Icasa. No Campeonato Maranhense, a equipe é a líder do grupo B da competição.