O Ceará está oficialmente denunciado por ato discriminatório. O Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ ingressou no Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) contra o Alvinegro de Porangabuçu e outros sete clubes por causa de músicas de cunho homofóbico cantadas por suas torcidas nos estádios do País durante as competições nacionais. Contra o Vovô, o caso específico foi na partida contra o Corinthians, na Arena Castelão, em rodada 35 da Série A do Campeonato Brasileiro. Na nota, o grupo também acusa oito jogadores e o presidente do clube por gravarem vídeo cantando uma música provocativa contra a torcida do rival Fortaleza, onde falam “a tuf é gay”. Fluminense, Internacional, Náutico-PE, Atlético-MG, Remo-PA, Paysandu-PA e Corinthians também foram denunciados por cânticos homofóbicos.
Na última segunda-feira (6), o grupo LGBTQ entrou com uma acusação junto ao STJD por ato discriminatório, artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que determina como ato de racismo quem “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.
“Em partida realizada no Castelão, torcida, jogadores e diretoria do Ceará proferiram cantos com palavras de cunho homofóbico. Segundo o Coletivo das Torcidas LGBTQ, em vídeo juntado, é possível ouvir um coro gigantesco gritando: ‘A tuf é gay’ e ‘matador de leão e come c* de tufgay’, se referindo ao clube adversário, Fortaleza”, relatou a nota da entidade ao STJD.
Se praticada por atletas, treinadores, médicos ou qualquer membro da comissão técnica, o clube pode ser penalizado com suspensão de cinco a dez partidas. Caso o ato seja praticado por um grupo de torcedores, a suspensão pode ser de 120 a 370 dias. Além de multa de R$ 100,00 a R$ 100.000,00. O clube também pode perder três pontos, número que equivale à uma vitória no Brasileirão, independente do resultado da partida. Caso aconteça novamente, a punição pode dobrar.
Os fatos na Notícia de Infração citam os jogadores Vina, Luiz Otávio, Fernando Sobral, Lima, Rick, Gabriel Lacerda, Gabriel Dias e Messias cantando uma música provocativa homofóbica. Isso aconteceu logo após a vitória do Vovô sobre o Corinthians, no dia 25 de novembro, no vestiário da Arena Castelão. Eles também citam na nota que o presidente Robinson de Castro participou das gravações.
As informações da acusação já foram encaminhadas para à Procuradoria para análise do Procurador-geral Ronaldo Piacente, que decidirá se arquiva ou se oferece denúncia. Cada clube caso será avaliado individualmente.
Veja abaixo o que diz o Artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva
1º Caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de pratica desportiva, esta também será punida com a perda do numero de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e, na reincidência, com a perda do dobro do numero de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente; caso não haja atribuição de pontos pelo regulamento da competição, a entidade de pratica desportiva será excluída da competição, torneio ou equivalente.
2º A pena de multa prevista neste artigo poderá ser aplicada a entidade de pratica desportiva cuja torcida praticar os atos discriminatórios nele tipificados, e os torcedores identificados ficarão proibidos de ingressar na respectiva praça esportiva pelo prazo mínimo de setecentos e vinte dias.
Muito facil de resolver e so criar uma norma torcedor so entra no estadio com uma biblia na mao e so pide assistir ao jogo orando pronto resolvidp