Coluna Na Cara do Gol – Por Hugo do Vale
Sem dúvidas, o maior patrimônio de um clube de futebol, o torcedor, sempre será o principal aliado dentro e fora de campo. Com a modernização dos programas de sócio, essa parcela vem sendo fundamental para a modernização nas estruturas básicas e incremento em outros setores, notadamente o marketing.
Mas o maior objetivo desse questionamento é jogar luz mais uma vez sobre a passionalidade, que deve existir, desde que não ultrapasse as quatro linhas, os muros dos CTs e – o mais grave – a cabeça dos dirigentes e membros da comissão. Pois estes podem e devem ser torcedores, mas com conduta de gestor.
Trazendo para a nossa realidade, o futebol cearense sempre foi um celeiro de craques, tanto os formados aqui quanto os “adotados”, aqueles que vêm desde a base, ou os que chegam por aqui durante a carreira e se consolidam virando ídolos. As competições, regionais inclusive, que mexem com as rivalidades locais, por exemplo, sempre foram tratadas com muito fervor pelo torcedor, mas mal capitalizadas pelos gestores.
Isto é, sempre sobraram motivos para ser torcedor do futebol cearense, mas por um longo tempo faltou competência.
De um tempo pra cá, Ceará e Fortaleza, enfim, enxergaram, a partir das administrações de Evandro Leitão/Robinson de Castro e Luiz Eduardo Girão/Marcelo Paz, respectivamente, tendo como base justamente o apoio dos torcedores, a participação efetiva destes, que hoje colaboram diretamente com a evolução das equipes.
Diante de tudo isso, repito, o maior patrimônio de um clube de futebol, o torcedor, nunca será um problema, mas aliado fundamental, ainda mais quando há equilíbrio e inteligência de quem decide os rumos da agremiação.