Qual a sua Seleção Cearense do Brasileirão?

Coluna Na Cara do Gol – Por Hugo do Vale

A uma rodada para o fim do Brasileiro Série A 2020, convido você a escalar a sua seleção do campeonato e avaliar a minha, que justifico explicando como e quais critérios escolhi entre nossos representantes, Ceará Sporting Club e Fortaleza Esporte Clube.

O esquema escolhido é o 1-4-2-3-1, que vem sendo não só o mais utilizado, como também o mais efetivo dentro da competição. Linha defensiva com apoio dos laterais, dois volantes com dupla característica e exigência na qualidade do passe, dois meias na armação, com um atacante quebrando linhas e um centroavante fixo, servindo aos meias, pontas e, claro, fazendo gols.

Para a meta, Felipe Alves, quase unanimidade, frieza, habilidade e postura de liderança dentro e fora do campo.

Nas laterais, Tinga e Bruno Pacheco. O defensor tricolor se mostrou fundamental dentro do esquema, apoiando e sendo decisivos até com gols importantes como o do título do Cearense. Já Bruno, pelo Ceará, se consolidou como o mais regular durante o ano, seja no ataque ou no setor defensivo, peça chave no esquema de Guto Ferreira.

Na zaga, Tiago Pagnussat e Paulão foram sinônimos de segurança e demonstração de raça para Ceará e Fortaleza, respectivamente. O zagueiro alvinegro conseguiu a titularidade após a chegada de Guto e de lá não saiu mais, sendo fundamental no jogo aéreo, tanto defendendo quanto atacando. Paulão, mesmo com a saída de Ceni, foi o mais equilibrado, conquistou a faixa de capitão da equipe e evitou resultados bem piores ao Tricolor do Pici.

Chegamos aos dois volantes e, mesmo com uma queda ao final da temporada, não posso deixar de fora Juninho, do Fortaleza. O volante do Leão é o ponto de equilíbrio e o responsável, junto com o Felipe, pela organização da equipe. O outro é Fernando Sobral, que conseguiu sair de jogador disponível para negociação a peça indispensável no Vovô, inclusive tendo duas funções distintas, como extremo foi Campeão do Nordeste e retornando à volância, vaga garantida na Sul Americana.

Minha linha de ataque é formada por dois alvinegros e um tricolor: Lima, David e, claro, o melhor jogador da competição, Vina. Com eles, essa seleção tem até a opção de se tornar um 1-4-4-2 ou 1-4-1-4-1 pois são jogadores que juntos reúnem qualidade, força e velocidade. O curioso é que os três passaram por maus momentos em períodos distintos, mas foram essenciais e destaques em suas equipes. Meia-atacante emprestado pelo Grêmio ao Ceará, Lima nem titular era e ainda tinha a repulsa da torcida. Com a chegada do Guto, encaixou. David, pelo Fortaleza, foi o mais prejudicado por ser usado por Ceni pra assumir uma função que nunca exerceu e, mesmo assim, deu conta do recado, fez gols e jogadas cruciais. Por fim, Vina, que teve a chance que sonhou em todos os clubes que passou, um time feito para que ele atuasse da forma como queria e mais do que correspondeu. Principal nome do Vovô, conquistou títulos, foi artilheiro e, até o momento, está na seleção oficial da competição.

Chegamos no 9, o fazedor de gols, o artilheiro do time. Se bem que no futebol moderno vem sendo peça-chave para que mais atletas tenham essa chance de marcar, mas claro, referência no quesito de balançar as redes. Confesso que fiquei na dúvida entre WP9, do Fortaleza, e Cléber, do Ceará. Porém, pelo conjunto da obra e pelo ano todo, o atacante ex-Barbalha merece essa menção. Cirúrgico no título da Copa do Nordeste e ajudando bastante no Brasileirão, Clebão fica com a camisa 9 da minha Seleção.

Para finalizar, o comando técnico. E neste caso não temos a menor dúvida e não acho nenhum exagero o colocar como um dos melhores da competição: Guto Ferreira. Não só fez um bom trabalho no Brasileirão, mas seu grau de dificuldade pra conseguir tudo que conquistou para o clube é algo que tem que ser lembrado pra sempre, chegou depois de dois técnicos, no auge da pandemia e sem nenhum de seus indicados para trabalhar.

E aí o que achou? Comente aí! Aproveite e faça a sua também.

*Esta coluna é publicada às quartas-feiras