O técnico Tiago Nunes foi oficialmente apresentado na noite desta quarta-feira (1º), na sala de imprensa do clube, em entrevista coletiva. O novo comandante Alvinegro se disse “com fome” de buscar uma evoçução junto à equipe e disse que o Ceará, por tudo o que ele viu até o momento, oferece condições para que ele desenvolva o seu trabalho. Segundo Nunes, o o perfil do grupo do Ceará o fez acreditar em um trabalho de sucesso.
“Primeiro, pela característica dos jogadores. Eu acredito que essas caracteristica dos atletas, que são potentes fisicamente, que têm capacidade de jogar em mais de uma posição, muitos deles, e também pela perfomace que o clube já vem apesentando nas últimas temporadas me motivaram a treinar este grupo. E falei isso pros atletas. Acredito muito no potencial desse grupo. O segundo motivo é que o Ceará tá crescendo a cada ano, tem demonstrado crescimento capacidade de também competir por titulos não só competir por vaga, e me seduz esse tipo de desafio. É um desafio onde muitas vezes você pega um grupo com mais fome, com mais capacidade de resiliêcia, de se doar mais, de querer estar mais aberto e mais receptivo à informação, e aí eu acredito muito no trabalho coletivo, onde o grupo está acima da individualidade. Então, esse perfil de jogador, esse perfil de clube é que me atrai. Por isso que eu aceitei prontamente, somado, lógico, com as informações externas da condução política do clube, através de uma estabilidade, do último trabalho do Guto, que foi mais de um ano e meio de trabalho. Isso aí dá confiança pra que o trinador possa imaginar que ele possa ter uma longevidade também, que é o que eu vim buscar aqui no Ceará”, disse.
Avesso a rótulos
O treinador também sobre o seu estilo. Nunes evitou se colocar como um treinador ofensivo ou defensivo e disse que isso vai do momento de cada jogo e que são duas nuances importantes em uma equipe vencedora.
“Eu sou avesso a rótulos e, principalmente, esses rótulos que, cada vez, se estabelecem que um treinador é ofensivo, o outro é defensivo, que você tem obrigação de jogar propondo jogo todo jogo. Eu sou um profissional com formação acadêmica, mais de 20 anos de vivência dentro do futebol, de formação e profissional, e sempre tive o cuidado de tentar explorar todos os momentos do jogo e já treinei equipes onde eram extremamente defensivas e jogando no contra-ataque, ofensivas e proponham o jogo dentro e fora de casa e vai muito da característica dos jogadores e do adversário. Eu penso que o treinador ele deve ter a capacidade de transitar em todos os modelos de jogos, não só especificamente ser especializado em um. A gente enxerga o jogo como jogo desportivo, ele tem várias facetas. O futebol passa por um certo romantismo, que nós temos que atacar os 90 minutos e não é assim. Nos Estados Unidos, por exemplo, que tem uma excelência em esporte, muitas vezes a torcida grita ‘defesa! defesa! defesa!’ porque valoriza também esse momento do jogo. Sei que a essência do futebol brasileiro é ofensivo, vistoso, plástico, mas a competição que a gente tem tantos jogos, calendário com descansos cada vez mais apertados pros jogadores, a qualidade técnica cai. A dificuldade de você ter uma continuidade, de ter um jogo mais técnico, com elencos menores, ela aumenta então, eu penso que a gente tem que tentar é transitar em todas as ideias, aproveitar defensivamente o que já se tem, que é uma equipe muito estruturada, com uma transição muito forte, jogador com essa característica muito fisicamente potente e, sim, tentar explorar, no momento certo, as capacidades técnicas de jogadores que tem esse potencial de resolver o jogo dentro de cada momento”, analisou.
Treinador elogia Yony González, mas diz que ele precisará render para jogar
Um dos jogadores que mais expectativa criou ao torcedor alvinegro no início da temporada foi Yony González. Em uma entrevista quando treinava o Corinhians, Tiago Nunes fez rasgados elogios ao atleta. Indagado se tentaria resgatar o jogador, que não vem demonstrando evolução no clube, o técnico falou em meritocracia mas elogiou o atleta colombiano.
“O Yony eu o conheci jogando pelo Junior Barranquilla, na final da Copa Sulamericana em 2018. Teve atuações destacadas, depois reiterou jogando por Fluminense, fez muitos gols e tive a oportunidade de trabalhar com ele, rapidamente, no Corinthians, por questões legais administrativas acabou não permanecendo. Um atleta que, comigo, sempre teve uma ótima postura profissional, sempre se dedicou treinou deu-se ao máximo, exemplo de todos os demais atletas, a gente tem ideia de oportunizar. Eu creio muito na meritocracia, acredito muito que é o próprio atleta que se escala. Não acredito muito em regras, protocolos pré- estabelecidos, cadeira cativa. O atleta, hoje a gente fez o primeiro treinamento aqui, os caras se dedicaram muito. É isso que eu vou tentar colher todo dia. Quem se dedicar mais, quem merecer mais, quem tiver se adaptando melhor às ideias que a gente vem propondo, ele vai ter mais oportunidade de jogar, então se o Yony for esse jogador, ele vai ter essa oportunidade, se ele não for, ele não vai ter essa oportunidade”, alertou.
Coletividade afiada pode ajudar na recuperação de Vina
Outro atleta que tem na chegada no novo técnico uma oportunidade de recomeçar e se recuperar é o meia Vina. Tiago elogiou o potencial do atleta e disse que há muitos fatores, que não só o campo, que podem estar atrapalhando o desempenho do jogador. Para o técnico, a coletividade precisa estar afiada para que ele torne a render.
“Primeiro, que ele é um atleta reconhecidamente com um alto potencial técico e capacidade de resolver o jogo. Os números dele esse ano ele é de um jogador que tem mais capacidade de participar de momentos decisivos com assitências, gols, passes que antecdem assitências. Ele é um cara que sempre que toca na bola ele é decisivo . Esse tipo de atleta tem que ser sempre potencializado, sempre tocar na bola muitas vezes, estando em setores do campo onde ele pode dificultar mais a vida do adversário e esse é o pqpel do trienador. Colabroar nesse sentido, colocar ele em condições de que ele possa potencializar o máximo que ele tem, tem a parcela que é do próprio atleta, que quando ele consegue fazer um campeonato de excelência como ele fez ano passado, naturalmente ele é mais visado, mais marcado, os adversários tem mais cuidado, fazem marcações especiais e ele tem que se redescobrir nesse sentido. E a outra questão é o momento da expectativa, quando a expectativa é muito alta então próprio atelta traz uma cobrança maior que precisa e eu te afirmo que a mecanica coletiva do time tem que ajudar também, não é só o jogador mas a coletividade tem que estar afiada”, comentou.
Treinador quer reforços que cheguem para fazer diferença
Por fim, o novo dono da pracheta de POrangabuçu falou sobre reforços. Segundo ele, o time é competitivo, mas se houver a oportunidade de trazer novos jogadores, eles serão bem-vindos, desde que realmente venham para acrescentar ao elenco.
“Com qualquer treinador a gente sempre quer, mas o problema é fazer o ‘homem’ [Robinson] abrir a carteira (risos). O grupo é competente, tem qualidade, competitivo, mas, se houver possibilidade de nós agregarmos mais qualidade ao grupo, sem dúvida vamos ver as possibilidades. Temos que ter cuidado, não é contratar por contratar, tem que contratar jogadores que venham realmente para acertar, qualidade para aumentar a disputa interna por posições, então vamos curtir nos próximos dias e se houver a possibilidade, sim, mas, por acaso se não houver nenhum atleta, eu penso que o grupo é competitivo e tem qualidade suficiente para atingir os objetivos que foram traçados”, finalizou.